domingo, 26 de julho de 2009

Avaliação final

A primeira aula de TAE de Língua Portuguesa, foi um terror. (risos) Lembro-me como se fosse hoje, o professor Ivanildo dizendo que iríamos ter que construir um blog, antes do dia 30 de Abril, para iniciar uma avaliação progressiva e contínua, onde a cada semana teríamos que sintetizar o conhecimento adquirido em sala de aula.
Foi uma reclamação geral, principalmente do "grupinho" do décimo período.
Angústia, revolta, discussão, enfim, tudo devido a este blog. Porém, hoje percebo que, de certa forma, esta nova forma de avaliar não foi tão ruim assim, pois pude, mesmo que às vezes contrariada, ler e reler textos e anotações e sintetizar de forma coerente o meu conhecimento, o que me facilitou muito, por exemplo, a construção desta avaliação, além de ter contribuido infinitamente para que minha percepção como professora de educação infantil fosse questionada e reorganizada.
Passou!!!!!!! Assim, como os estágios, os relatórios, e a tão comentada monografia, que por sinal, ainda não está totalmente pronta , mas tenho fé que vai ficar antes do prazo final .

Desta forma, esta avaliação formativa, que visou propiciar a sistematização intencional dos diversos temas debatidos, parece ter atingido seu objetivo, fazendo-me perceber que, na verdade, avaliar não diz respeito a atribuições de notas, mas sim a percepção acerca das dificuldades eminentes no processo e que precisam ser solucionadas o quanto antes, visando atingir objetivo central, que seria a assimilação dos conteúdos propostos.

Foi possível ainda compreender e valorizar a questão da inovação em sala de aula e desta inserção tecnológica como auxiliadoras deste processo, principalmente quando fazemos parte de uma escola tão precária e abandonada quanto a brasileira, onde as políticas públicas negam a importância destes estabelecimentos para a formação e desenvolvimento de um nova sociedade.

Assim, apesar das dificuldades, consegui criar mais do que um blog, desenvolvi e refleti acerca de diversas questões que me propiciaram a aquisição de um pensamento mais crítico acerca do ensino direcionado as crianças de 0 a 6 anos.
Além disso, pude me inteirar de forma divertida com os novos mecanismos tecnológico tão utilizados e valorizados pelos jovens e pelas crianças contemporâneas, que às vezes parecem saber mais do que um adulto sobre a utilização destas máquinas.

Entretanto, cabe parabenizar a pessoa que teve a coragem de inovar e enfrentar um batalhão de mulheres estressadas (risos), visando colocar em prática esta avaliação tão inovadora. Parabéns professor Ivanildo! Diante das circunstâncias, que nem sempre forma favoráveis, você soube perseverar. Espero um dia, sinceramente, colocar em prática idéias como esta em meu cotidiano.

Síntese do aprendizado alcançado neste período

Esta postagem tem como objetivo apresentar uma reflexão acerca das aulas propostas pelo professor Ivan durante este período, onde se cursou a disciplina Tendências Atuais do Ensino de Língua Portuguesa para crianças da educação infantil.
Mediante observação da ementa curricular, pode-se perceber que gradativamente os objetivos lá expostos foram alcançados, pelo menos com relação a minha pessoa.
Durante as aulas os processo de aquisição da leitura e escrita, de alfabetização e letramento, assim como seus conceitos, e também a reflexão acerca de que tipo de ensino deve ser oferecido as crianças, foram muito bem debatidos e assimilados, já que hoje sou capaz de perceber e compreender que a aquisição da escrita e da leitura pela criança de 0 a 6 se dá mediante a um processo que se subdivide em quatro níveis: Garatuja (a criança escreve utilizando bolinhas, pauzinhos), pré-silábico (percebe as letras como mecanismo fundamental para a escrita do texto, mesmo que ainda não tenha noção de como utilizá-las), silábico (Escreve palavras, porém ainda troca ou esquece algumas letras) e finalmente o nível alfabético (a escrita é "perfeita").
Devido a esta percepção, o professor deve valorizar todo tipo de escrita apresentada pelas crianças de várias idades mesmo que estas se dêem de forma contraditória ou ilógica para o adulto.
A bagagem cultural da criança e seus conhecimentos prévios também devem ser valorizados, já que esta não é mais vista como uma tábua rasa ou um ser sem luz, mas sim como um ser humano pensante e crítico, capaz de participação e opinar de maneira interessante sobre assuntos diversos.
A criança na escola de hoje tornou-se o centro do processo de ensino, ou seja, será ela que direcionará as formas de ensino a serem utilizadas, fazendo com que o professor esteja atento a suas curiosidades e questionamentos, visando, desta forma, incerir os conteúdos programáticos de uma forma em que a realiadade cultural, social e econômica da criança seja levada em consideração.
Outro fator relevante diz respeito a avaliação formativa, que se apresenta como mecanismo de diálogo e interação, onde professor e aluno trocam informações e questionamentos acerca de diferentes assunto, proporcionando desde já o desenvolvimento de um potencial crítico na criança, que inicia sua constituição como cidadão.
Esta avaliação ocorrerá diariamente e não apenas em um momento em particular, onde determinados alunos possam não apresentar seus conhecimento de forma clara e específica. Desta forma, se vislumbra uma aprendizagem significativa, onde os conteúdos sejam compreendidos pelas crianças não como imposição, mas sim como auxiliadores para a vida cotidiana.
Devido a isto, a inserção de atividades onde se enfatize a realidade eminente do aluno, como é o caso da utilização de vários gêneros textuais (jornais, livros, gibis, revistas, rótulos etc), é fundamental para o processo de ensino/aprendizado.
Assim, é possível afirmar que o objetivo geral expresso na emente, "compreender os processos de aquisição e desenvolvimento da língua escrita e oral na educação infantil", foi alcançado com ênfase e em sua totalidade.